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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Colar de Turquesas Azuis


O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída, enquanto uma garotinha se aproximava da loja.
Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrina.
Os seus olhos da cor do céu, brilharam quando viu determinado objeto.
Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis:
"É para minha irmã. Você pode fazer um pacote bem bonito?"
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:
"Quanto dinheiro você tem?"
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós.
Colocou-o sobre o balcão e, feliz, disse: "Isto dá, não dá?"
Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.
"Sabe", continuou, "eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. Hoje é aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela."
O homem foi para o interior da loja.
Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez
um laço caprichado com uma fita verde.
"Tome!" disse para a garota. "Leve com cuidado."
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
"Este colar foi comprado aqui?"
"Sim senhora."
"E quanto custou?"
"Ah!" falou o dono da loja "o preço de qualquer produto da minha loja é sempre
um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês."
"Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. E esse colar é verdadeiro, não é?
Ela não teria dinheiro para pagar por ele."
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem:
"Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha!"
O silêncio encheu a pequena loja, e lágrimas rolaram pela face da jovem, enquanto suas mãos tomavam o embrulho.
Ela retornava ao lar emocionada...

A verdadeira doação é dar-se por inteiro sem restrições.


(Autor desconhecido)

Receita de vida

FAMÍLIA

O começo.
A base do caráter de um cidadão.

AMIGOS

Sempre os tenha.

RAIVA

Evite-as para seu bem e do próximo.

DESESPERO

Elimine-o da sua vida.

PACIÊNCIA

Buscá-la o máximo possível.

LÁGRIMAS

A melhor maneira de nos esvaziar.

SORRISO

Aformoseia um rosto.

PAZ

A verdadeira, só Jesus pode dar.

PERDÃO

Deixa o coração vazio de rancor e raiz de amargura.

ESPERANÇA

Nunca a perca.

CORAÇÃO

Entregue-o àquele que melhor cuida dele- Jesus.

AMOR

Que seja puro e sincero.

CARINHO

Tenha com todos.

MODO DE PREPARAR:

Reúna sua Família e Amigos e esqueça da Raiva para não entrar em Desespero.

Use toda a Paciência e derrame todas as suas Lágrimas para depois haver somente Sorrisos.

Em meio a Paz libere o Perdão e deixe a Esperança crescer no seuCoração.

Deste modo, prepare sua melhor receita de vida e nunca economize no Amor e no Carinho.

Nem sempre os ingredientes da vida são saborosos, por isso, saiba misturá-los e faça do seu viver um prato de raro sabor; e no final, você dirá de boca cheia: COMO VALE A PENA VIVER!!!


(desconheço autoria).

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Ratoeira


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote.
    Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
    Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado.
    Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
    "- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! "
    A galinha, disse:
    "- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda."
    O rato foi até o porco e lhe disse:
    "- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!"
    "- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."
    O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:
    "- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! "
    Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
    Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua
vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
    O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
    Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
    Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
    O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

    Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos."


(desconheço o autor)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

INTERVALO


A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade

RECOMEÇAR...


Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.
“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Carlos Drummond de Andrade
pensador.uol.com.br/textos_de_carlos_drummond_de_andrade/2/

Precisa-se de Um Amigo


Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.

Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são enganados).

Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.

Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.

Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.

E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.

Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.

Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.

Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Carlos Drummond de Andrade
(pensador.uol.com.br/textos_de_carlos_drummond_de_andrade)

Cortar o Tempo


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade

Parábola da Rosa


Certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou. Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou: ” Como pode uma bela flor Vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?” Entristecido por este pensamento, Ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: As qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas. Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Desesperamo-nos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Recusamo-nos a regar o bem dentro de nós e, conseqüentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro de si mesma; alguém mais deve mostrá-la a elas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos E encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor: olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CALÇAS MOLHADAS


A Cena acontece em uma sala da 3a série.
 
Há um menino de nove anos sentado na sua carteira e de repente há uma poça entre seus pés, e a parte dianteira de suas calças está molhada.
Ele pensa que seu coração vai parar porque não pode imaginar como isso aconteceu.
Nunca havia acontecido antes. Ele sabe que, quando os meninos descobrirem, nunca o deixarão em paz. E quando as meninas descobrirem, nunca mais falarão com ele enquanto viver.
O menino acredita que seu coração vai parar; abaixa a cabeça e faz esta oração:
”Querido Deus, isto é uma emergência! Eu necessito de ajuda agora! Mais cinco minutos e serei um menino morto”.
Levanta os olhos de sua oração e vê a professora chegando com um olhar que diz que foi descoberto. Enquanto a professora está andando até ele, uma colega chamada Susi está carregando um aquário cheio de água. Susi tropeça na frente da professora e despeja inexplicavelmente a água no colo do menino.
O menino finge estar irritado, mas ao mesmo tempo interiormente diz “Obrigado, Senhor! Obrigado, Senhor!”
De repente, em vez de ser objeto de ridículo, o menino é objeto de compaixão.
A professora desce apressadamente com ele e dá-lhe shorts de ginástica para vestir enquanto suas calças secam. Todas as outras crianças estão sobre suas mãos e joelhos limpando ao redor de sua carteira.
A compaixão é maravilhosa. Mas como tudo na vida, o ridículo que deveria ter sido dele foi transferido a outra pessoa – a Susi.
Ela tenta ajudar, mas dizem-lhe para sair. “Você já fez demais, sua desastrada!”
Finalmente, no fim do dia, enquanto estão esperando o ônibus, o menino caminha até Susi e lhe sussurra: “Você fez aquilo de propósito, não foi?”
E Susi lhe sussurra de volta: “Eu também molhei minha calça uma vez”.
Possa Deus nos ajudar a ver as oportunidades que sempre estão em torno de nós para fazer o bem.
Lembrem-se... Apenas ir à igreja não o faz um cristão, da mesma forma que ficar em sua garagem não o transforma em um carro. Cada um e todos nós estamos atravessando épocas difíceis agora, mas Deus está pronto para abençoar-nos de uma maneira que somente Ele pode fazer. Mantenha a fé.
(procura-se o autor)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A chávena cheia


Conta-se que Nan-In, sábio mestre japonês, certa vez recebeu a visita de um professor universitário, doutorado com “louvor e distinção” em conceituadas universidades, que lhe veio inquirir sobre filosofia Zen.
O professor iniciou um longo discurso intelectual sobre as suas dúvidas e Nan-In começou a tentar esclarecê-lo. Mas, a cada frase ou opinião do mestre japonês, logo o professor universitário contrapunha os seus saberes sobre a questão em particular.
Entretanto, chegou a hora do chá. Nan-In serviu o visitante e encheu completamente a chávena do professor universitário, e continuou a enchê-la, derramando chá pela borda.
O professor, ao ver o excesso de chá a derramar-se, sem se poder mais conter, disse:
"Está muito cheio. Não cabe mais chá!"
Então Nan-In, o sábio mestre japonês, disse:
”Como esta chávena, você está completamente cheio das suas próprias crenças, preconceitos, opiniões, teorias, especulações... Como quer aprender qualquer coisa nova e diferente sem primeiro esvaziar, um pouco que seja, a sua chávena?”
Conto Zen (adaptado por moi-même)

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Apenas tente compreender



Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.
Ele vira-se para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz.
E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A HISTÓRIA DE TOM


“Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé na porta da sala, esperando meus alunos entrarem para nosso primeiro dia de aula do semestre. Foi aí que vi Tom, pela primeira vez.
Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto. Ele estava penteando seus cabelos longos e muito louros que batiam uns vinte centímetros abaixo dos ombros. Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época. Mesmo sabendo que o que importa não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei um pouco chocado. Imediatamente classifiquei Tom com um “E” de estranho... muito estranho!
Tommy acabou se revelando o “ateista de plantão” do meu curso de Teologia da Fé. Constantemente, fazia objeções ou questionava sobre a possibilidade de existir um Deus–Pai que nos amasse incondicionalmente. Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que, às vezes, ele era bastante incômodo. No fim do curso, ele se aproximou e me perguntou, num tom ligeiramente irônico:
- O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia?
- Não, eu não acredito! Respondi.
- Ah! - ele respondeu – Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses.
Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto: ‘eu não acredito que você consiga encontrar Deus, mas tenho absoluta certeza de que Ele o encontrará um dia’.
Ele deu de ombros e foi embora da minha sala e da minha vida. Algum tempo depois soube que Tommy tinha se formado e, em seguida, recebi uma notícia triste: ele estava com um câncer terminal. E, antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio me ver. Quando entrou na minha sala, percebi que seu físico tinha sido devastado pela doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia. Entretanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.
- Tommy, tenho pensado em você. Ouvi dizer que está doente! – falei.
- Ah, é verdade, estou seriamente doente. Tenho câncer nos dois pulmões. É uma questão de semanas, agora.
- Você consegue conversar bem a esse respeito? – perguntei.
- Claro, o que o senhor gostaria de saber?
- Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que está morrendo?
- Acho que poderia ser pior. – respondeu.
- Como assim? – perguntei.
- Bem, - respondeu – Eu poderia ter cinqüenta anos e não ter noção de valores ou ideiais, ou ter sessenta anos e pensar que bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais ‘importantes’ da vida.
Lembrei-me da classificação que atribui a ele: ‘E’ de ‘estranho’; (parece que as pessoas que recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto).
- Mas a razão pela qual eu realmente vim vê-lo – disse Tom – foi a frase que o senhor me disse no último dia de aula.
Ele se lembrava!... (pensei) - Tom continuou:
- Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia e o senhor respondeu ‘Não’, o que me surpreendeu. Em seguida, o senhor disse, ‘mas Ele o encontrará’. Eu pensei um bocado a respeito daquela frase, embora na época não estivesse muito interessado no assunto. Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me disseram que se tratava de um tumor malígno, comecei a pensar com mais seredade sobre a idéia de procurar Deus. E, quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do paraíso. Mas Deus não apareceu. De fato, nada aconteceu. O senhor já tentou fazer alguma coisa por um longo período, sem sucesso? A gente fica cansado, desanimado. Um dia, ao invés de continuar atirando apelos por cima do muro alto atrás de onde Deus poderia estar... ou não... eu desisti, simplesmente. Decidi que, de fato, não estava me importando... com Deus, com uma possível vida eterna ou qualquer coisa parecida. E decidi utilizar o tempo que me restava fazendo alguma coisa mais proveitosa. Pensei no senhor e nas suas aulas e me lembrei de uma coisa que o senhor havia dito noutra ocasião: ‘A tristeza mais profunda, sem remédio, é passar pela vida sem amar. Mas é quase tão triste passar pela vida, e deixar este mundo sem jamais ter dito às pessoas queridas o quanto você as amou’. Então resolvi começar pela pessoa mais difícil: meu pai. Ele estava lendo o jornal quando me aproximei dele: ‘Papai’... eu disse. ‘Sim, o que é’? – ele perguntou, sem baixar o jornal. ‘Papai, eu gostaria de conversar com você’. ‘Então fale’... ‘É um assunto muito importante!’ O jornal desceu alguns centímetros, vagarosamente. ‘O que é’? - ‘Papai, eu o amo muito... Só queria que você soubesse disso”. O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia visto: ele chorou e me abraçou com força. Conversamos durante toda a noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manhã seguinte. Foi tão bom poder me sentar junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava!... Foi uma emoção indescritivel! Foi mais fácil com minha mãe e com meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçamos e falamos coisas realmente boas uns para os outros. Falamos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar. Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, me privando de momentos tão especiais. Naquela hora eu estava apenas começando a me abrir com as pessoas que amava. Então, um dia, eu olhei, e lá estava ELE. Ele não veio ao meu encontro quando Lhe implorei. Acredito que estava agindo como um domador de animais que, segurando um chicote, diz: - Vamos, pule! Eu lhe dou três dias... três semanas... Parece que Deus não se deixa impressionar. Ele age a Seu modo e a Seu tempo. Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou... O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele.
- Tommy – eu disse, bastante comovido - o que você está dizendo é muito mais importante e muito mais universal do que você pode imaginar. Para mim, pelo menos, você está dizendo que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazendo dEle um bem pessoal, uma solução para os nossos problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas sim, se tornando disponível para o verdadeiro Amor. O Apóstolo João disse isto: “Deus é amor e aquele que vive no Amor, vive com Deus e Deus vive com ele’.
- Tom, posso pedir-lhe um favor? Você sabe que me deu bastante trabalho quando foi meu aluno. Mas (aos risos) agora você pode me compensar por aquilo. Você viria à minha aula de Teologia da Fé e contaria aos meus alunos o que você acabou de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles!
- Oooh!... eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou preparado para enfrentar seus alunos.
- Então, pense nisto. Se você se sentir preparado, telefone para mim.
Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com minha turma. Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então, marcamos uma data.
Mas o dia chegou... e ele não pode vir.
Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele. Ele se foi... Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade. Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios. Antes dele morrer, ainda conversamos uma vez.
- Não vou ter condições de falar com sua turma, - ele disse.
- Eu sei, Tom.
- O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria... com todo mundo por mim?
- Vou falar, Tom. Vou falar com todo mundo. Vou fazer o melhor que puder.
Portanto, a todos vocês que foram pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincera, obrigado por fazê-lo.
E a você, Tommy, onde quer que esteja, aí está: Eu falei com todo mundo... do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la...”

(Recebido por e-mail)