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sábado, 24 de setembro de 2011

INTERVALO

Hábitos

Se colocarmos um ponto no centro de uma folha de
papel e perguntarmos para as pessoas o que elas vêem,
a maior parte delas dirá que está vendo um ponto.
A verdade é que 99% da folha é branca, mas as pessoas
não notam isso, elas vão comentar sobre o pequeno ponto.
Nós temos o hábito de ver as pessoas assim.
99% de uma pessoa é positiva, mas ela tem uma pequena
fraqueza e é em relação a isso que reagimos.
São hábitos não-identificáveis como esses que criam
maus sentimentos, emoções, pensamentos e comportamento.
BK Jayanti

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SEM ETIQUETA... SEM PREÇO

 A nota é internacional e diz, mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné. 

Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.

Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas,num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.


A experiência no metrô, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.

A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas, quando estão num contexto. Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e a que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.


Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?


Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detêm o poder financeiro?


Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?


Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: Não tem preço. E é isso que precisamos aprender a valorizar. Aquilo que não tem preço, porque não se compra.


Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.


Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva.


A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis.


A criança que corre espontaneamente ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.


O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria... E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança. 


*********


O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores é nos dado por Deus, gratuitamente.

Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.

Usufruamos dos momentos de ternura que nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.

Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.

Tudo que Deus nos dá não tem preço nem etiqueta.
Recebido por email

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Doeu, mas já passou


Já vivi um bom número de anos. Já experimentei a infância inocente (e realmente era inocente), já vivi e sofri as alegrias e dores da adolescência (e nem mesmo me lembro porque sofri).

Passei pelo fascínio do amor e me casei com ele. Percebi com dureza que os dias de "felizes para sempre" são conquistados e não dados de presente como num conto de fadas.

Demorei, mas me dei conta de que eu precisaria mudar muito para ser mãe e esposa. Que era preciso mudar todo o pronome da minha vida, do total EU para TU, ELE, NÓS, VÓS E ELES.

Foi preciso muito tempo sentindo dor para entender que as pessoas são livres para me amar... ou não. 

Olhando assim, percebo que ainda não aprendi quase nada. O que já sei hoje, é muito pouco.

Apesar de saber que as pessoas chegam à nossa vida e podem ir a qualquer momento, por qualquer motivo, que algumas vão ficar sem planejamento prévio (e isso é bom) e que outras vão nos deixar com o coração partido, sempre creio que a dor não chegará.

Apesar dos anos e da experiência me ensinarem que a maioria se vai, ainda me pego crendo nos finais felizes.

Mas as pessoas são assim. Ora abraçam, ora se afastam. E eu sei que ainda dói.

A vantagem, todavia, que tenho, é saber que, mesmo que me doa, há tantas outras pessoas que inesperadamente se chegam e ficam, ficam para valer. E que há muitas outras que voltam e nos fazem felizes novamente.

Por esses amores amigos, por esses queridos que me amam muito além do que espero, do que posso medir, é que a dor da decepção é detalhe, pois passa e passa rápido.

Aos que me amam, aos que me gostam, aos que me aturam com paciência e carinho e que não me deixam, o meu carinho e afago.