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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Muros ou pontes?



Havia um homem que não queria relacionar-se com seu vizinho. Ele contratou um pedreiro e deu-lhe a seguinte ordem: “Este pequeno riacho me separa de meu vizinho e eu quero que você construa um alto muro na margem de cá, impedindo-me qualquer contato com ele!” Ordem dada, o homem viajou. Voltando, sua surpresa foi grande ao ver que o pedreiro havia construído no lugar do muro, uma ponte!
Lamentavelmente nós somos, em nossos lares, igrejas e relacionamentos, excelentes construtores de muros. Tendemos a nos isolar, manter a privacidade, a desenvolver o não diálogo. Construir muros tem sido o maior empreendimento em todos os níveis, em todo o mundo. Especialistas existem que constroem muros e os camuflam com risos, apertos de mãos, mas que ainda continuam sendo muros firmes e sólidos. São barreiras que nos impedem de viver livremente, às vezes com guaritas ou sentinelas prontos a revidar qualquer tentativa de invasão de privacidade. Do lar às grandes nações, todos construímos muros de proteção que promovem a desconfiança, a inimizade e geram guerra.
Construir pontes é mais difícil. Exige compreensão, exposição, entendimento, o dar-se a si mesmo, liberalidade, bondade, mansidão, domínio próprio e tantos outros procedimentos custosos. Exige o trabalho da travessia para promover a paz, o caminhar com bandeira branca, desarmados de razões, preconceitos, cobranças e satisfações. Exige abrir o espaço pessoal para que o outro também atravesse a ponte em nossa direção. É caminhar inúmeras vezes pelo desconhecido, sem sabermos como será a recepção. Expor-nos correndo o risco de não sermos respeitados em pensamentos e princípios.
Tantos os construtores de muros como os construtores de pontes vivem situações totalmente inversas. Estudaram em escolas opostas. Judeus e gentios, há séculos, têm levantado muros de separação, como nós. Mas há aquele que trabalha derrubando muros e construindo pontes para quem o desejar: “Porque Ele (Jesus) é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio (Ef 2.14). O que nos separava uns dos outros e todos nós de Deus, foi derrubado para que livremente e em paz tivéssemos vida uns com os outros e com Ele.
Nós também devemos ser os que derrubam muros e que constroem pontes. O que temos feito dentro de nossa família para que pontes sejam construídas ao invés de muros? O que fazemos para que muros sejam derrubados para que o agir de Deus no nosso lar seja livre e perfeito? Temos derrubado muros ou pontes?

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