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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Doeu, mas já passou


Já vivi um bom número de anos. Já experimentei a infância inocente (e realmente era inocente), já vivi e sofri as alegrias e dores da adolescência (e nem mesmo me lembro porque sofri).

Passei pelo fascínio do amor e me casei com ele. Percebi com dureza que os dias de "felizes para sempre" são conquistados e não dados de presente como num conto de fadas.

Demorei, mas me dei conta de que eu precisaria mudar muito para ser mãe e esposa. Que era preciso mudar todo o pronome da minha vida, do total EU para TU, ELE, NÓS, VÓS E ELES.

Foi preciso muito tempo sentindo dor para entender que as pessoas são livres para me amar... ou não. 

Olhando assim, percebo que ainda não aprendi quase nada. O que já sei hoje, é muito pouco.

Apesar de saber que as pessoas chegam à nossa vida e podem ir a qualquer momento, por qualquer motivo, que algumas vão ficar sem planejamento prévio (e isso é bom) e que outras vão nos deixar com o coração partido, sempre creio que a dor não chegará.

Apesar dos anos e da experiência me ensinarem que a maioria se vai, ainda me pego crendo nos finais felizes.

Mas as pessoas são assim. Ora abraçam, ora se afastam. E eu sei que ainda dói.

A vantagem, todavia, que tenho, é saber que, mesmo que me doa, há tantas outras pessoas que inesperadamente se chegam e ficam, ficam para valer. E que há muitas outras que voltam e nos fazem felizes novamente.

Por esses amores amigos, por esses queridos que me amam muito além do que espero, do que posso medir, é que a dor da decepção é detalhe, pois passa e passa rápido.

Aos que me amam, aos que me gostam, aos que me aturam com paciência e carinho e que não me deixam, o meu carinho e afago.

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